quinta-feira, 27 de março de 2008

São as nossas últimas palmas na tua presença! Mas, a tua presença estará sempre na nossa memória.
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Nádia Oliveira (1981-2008)
Foto : blog dos D'Arc

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Filhos da Roda - opinião


Acabei de ler o livro,recentemente editado pela AICIA, do arouquense Afonso Veiga.

É um livro de leitura fácil. Ficamos a saber um pouco mais sobre a "história" e estórias das crianças abandonadas do concelho de Arouca desde o SEc XVII até aos dias de hoje.

Não vou estar aqui a descrever o que li, vou simplesmente registar na tertúlia algumas ideias mais vincadas que me ficaram em mente:



  • Prefácio de Dr. José Armando Oliveira; bem escrito, onde o livro nos é apresentado de uma forma que nos "aguça" a vontade de o ler de imediato


  • A roda : já tinha ouvido leves alusões à roda de madeira que se encontra à porta do convento; no livro fica-se efectivamente a saber o sua real função e a forma como funcionou ao longo de quase 2 séculos... e que afinal não existe uma, mas sim duas rodas.


  • O abandono infantil em Arouca ao longo dos séc XVIII e XIX era muito elevado. Crianças que resultavam de gravidezes indesejadas, provocadas por numerosas relações e encontros sexuais mais ou menos proíbidos, e filhos de familias pobres eram as principais vítimas deste flagelo


  • Fiquei a conhecer a história do C.P.S.R.S.M, vulgo "patronato", e das gentes que construiram a pulso a instituição que é hoje em Arouca

Estas foram alguns dos "pedaços" que guardei da leitura deste livro. Algo mais há para descobrir para quem assim o desejar.


Aconselho uma leitura a todos quantos gostam saber um pouco mais de Arouca, da sua história e "estórias", suas terras e suas gentes.

E a vossa opinião?

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007


segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

....desenhar a lápis....



diversas vezes tenho observado alusões a certas obras públicas concluídas ou em fase de conclusão em Arouca, e as quais a seu desenredo não obteve a concordância de muitos Arouquenses, principalmente a quem mais pode ou poderá usufruir delas.
O meu texto de hoje não tem qualquer pendor critico, é somente a materialização em texto de algumas questões que vulgarmente têm pairado sobre essas obras/construções, e que eu acho que nós Arouquenses temos direito de as fazer desde que de uma forma civilizada e construtiva.

O ex-mercado municipal: Arouca deve ser dos poucos concelhos onde não se conseguiu implantar e onde actualmente não existe um mercado municipal. Várias razões se poderão apontar, mas talvez aquela que mais terá contribuído para que o “impulso” do comércio tradicional nesse local não tenha conseguido vingar terão sido as elevadas rendas que se praticavam à altura e que levou a uma desincentivação por parte dos comerciantes arouquenses em aderir ao projecto. O pouco número de lojas que abriram na altura não foram suficientes para cativar clientes e o mercado abriu desde logo em curva descendente de transacções comerciais.
Poderá então dizer-se que o projecto “mercado municipal” foi assente no papel de duas formas: a sua construção física a caneta a sua gestão a lápis de carvão….

O estádio municipal: porque razão um estádio novo com uma bancada nova não está projectado segundo novas técnicas de engenharia? Um excelente estádio, uma boa bancada e uma cobertura que não o é efectivamente.
A orientação da bancada, e talvez consequentemente do estádio, e até mesmo altura da cobertura não deveriam ter sido pensadas e projectadas para que futuramente esta servisse para os intentos que foi construída? Permitir aos espectadores assistir aos vários jogos que ali decorrem em melhores condições, protegidos do sol e da chuva, seria com certeza uma mais valia. Efectivamente isso não é o que acontece. Não deveria a engenharia moderna prever a direcção dos ventos predominantes, pensar no movimento de rotação/translação terrestre, etc..?
Aqui, ocorre-me dizer que efectivamente o relvado, estádio e todas as valências foram projectados e desenhadas a caneta inclusiva bancada e cobertura, somente a definição dos pontos cardeais terá sido efectuada a lápis….

A variante (ou o que dela está efectivamente construído): aqui, e porque muita tinta já correu só me ocorre dizer que efectivamente o traçado terá sido desenhado de uma forma descontinua a lápis e caneta… algumas curvas e contra-curvas, entroncamentos numa estrada em pleno século XXI terão efectivamente ter sido desenhadas a lápis.

A piscina municipal (interior): aqui o insólito parece ter sido mesmo propositado; seria caso para dizer – como não queremos provas de natação oficiais aqui em Arouca, vamos lá tirar uns centímetros às medidas finais da piscina – os engenheiros e técnicos de obras não terão obrigação de saber as medidas oficias das piscinas para provas oficiais de natação e outras, mas haveria certamente quem, com conhecimentos na matéria, se disponibiliza-se para ajudar. Excelente complexo desportivo, desenhado e projectado com uma caneta de tinta permanente, onde as medidas foram efectivamente rasuradas a lápis…

-Algumas/bastantes obras de do passado e do presente… parece que todas elas foram projectadas a lápis… abre buraco - tapa buraco….mete cano -muda cano… mete tapete -abre vala …faz muro - desfaz muro….

Porque todos nós temos o direito de escrever a lápis antes de projectar algo de forma definitiva, aqui estará certamente o cerne da questão: “antes de ser definitivo”… porque o lápis por força do betão, do tijolo, do cimento ganha consistência e será muito mais difícil de apagar/converter, em certos casos até impossível

Surge este texto no seguimento das notícias que têm vindo a público sobre mais uma grande obra para Arouca e as discordâncias entre poderes locais sobre quais as melhores opções para o mesmo: o auditório municipal. Esperamos todos que não surjam erros semelhantes......

Para terminar e porque escrever a lápis ou neste caso no pc, assim o permite, caso existam discordantes sobre os temas acima referenciados e desde que balizados por uma correcta argumentação, disponibilizo-me para corrigir os escritos….

sábado, 1 de dezembro de 2007

1 de Dezembro de 1640

Como todos sabem, hoje, comemora-se o dia da instauração da casa de Bragança face à Dinastia Filipina em 1 de dezembro de 1640, que durante 60 anos regeu o país.
Como sabem igualmente que quem deu origem à crise dinástica que vivemos, foi D. Sebastião, um rei jovem e aventureiro, habituado a ouvir as façanhas das cruzadas e histórias de conquistas além mar, que ao querer conquistar o Norte de África em sua luta contra os mouros, desapareceu algures na batalha de Alcácer Quibir.
Depois, já sabemos, nas Cortes de Tomar de 1581, Filipe II de Espanha é aclamado rei, jurando os foros, privilégios e mais franquias do Reino de Portugal e, durante seis décadas Portugal fica privado de rei natural, sob o que se tem designado por "Domínio Filipino".
Porém, este processo e as decorrências de tal domínio não se mostraram de digestão fácil e, em 12 de Outubro, em casa de D. Antão de Almada, reuniram-se D. Miguel de Almeida, Francisco de Melo e seu irmão Jorge de Melo, Pedro de Mendonça Furtado, António de Saldanha e João Pinto Ribeiro. Decidiu-se então ir chamar o Duque de Bragança a Vila Viçosa para que este assumisse o seu dever de defesa da autonomia portuguesa, assumindo o Ceptro e a Coroa de Portugal.
No dia 1 de Dezembro de 1640, eclodiu por fim em Lisboa a revolta, imediatamente apoiada por muitas comunidades urbanas e concelhos rurais de todo o país, levando à instauração da Casa de Bragança no trono de Portugal.
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Mas, normalmente, este tipo de feriados já quase nada nos toca. Temos memória curta! Percebemos pouco da Europa que se está a construir e do "grande papão" que está aqui ao lado e até nem se importa de cá vir dominar novamente, fazer deste "pequeno pedaço de terra à beira mar plantado" a sua porta de entrada e partida.
Onde andará o Camões dos nossos dias? Leia-se hoje, também, a propósito e num sentido prospectivo, nas entrelinhas de Os Lusíadas, a mensagem política e os avisos à navegação contidos naquela obra, para que a razão de ser de certos avisos à navegação não sejam descortinados quando a coisa já não tiver ponta por onde se lhe pegue.
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Recordar este dia, é recordar um período fraco da nossa história e dos nossos governantes. E também assim, porque não, descobrir um pouco da nossa história local, indo junto de alguns monumentos que em Arouca existem a assinalar esta efeméride.
Talvez muitos não saibam, mas, em 1940, ouve a preocupação de restaurar o orgulho português, e por todo o país se ergueram ou se aproveitaram monumentos onde se inscreveram três datas: 1140; 1640 e 1940, datas da Fundação, Restauração e Comemoração, respectivamente.
Arouca não foi excepção e, entre outros locais, podemos verificar esta associação de datas na torre sineira da Capela de Nossa Senhora do Campo e cruzeiro da Barroca, na freguesia de Rossas; na fachada do antigo edifício sede da Junta de Freguesia de Alvarenga e no monumento que se encontra no centro do Largo de Santa Mafalda, na vila. Esta é de graça! :)
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Vale a pena passar por estes locais e pensar um bocadinho mais no dia que hoje se assinala.
O repto aos colegas, como não podia deixar de ser, é abordar o tema retroactiva e prospectivamente.
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Como hoje não estarei presente, um abraço a todos e boa discussão.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Liga dos Últimos - 10 Melhores Momentos

O nosso carismático amigo João Silva arrecadou a medalha de prata dos 10 melhores momentos da Liga do Últimos...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Recuperação de cruzeiros

No lugar de Santo Aleixo, está em recuperação um conjunto de cruzeiros que estavam desde há muito tempo esquecidos e abandonados.
Por iniciativa da paróquia de São salvador e da junta de freguesia do Burgo irá proceder-se à sua total recuperação.
É um conjunto de 6 cruzeiros, se não me falham as contas, que irão agora ser merecedores de uma atenção especial de quem passa; ficam mesmo ao lado da nova variante no lugar do Santo Aleixo.
Não sei, ao momento, os dados e informações históricas dos mesmos, mas tentarei adquirir mais informações que posteriormente postarei

Parabéns às entidades responsáveis e aqui fica a noticia